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Matéria 8039, publicada em 25/03/2009.


:Ariane Pereira

Luciana (esquerda) fazendo a defesa e a banca

Pesquisa une Calvino e Morin numa discussão sobre literatura

Ariane Pereira


Luciana Rafaela de Aguiar, formanda em Jornalismo, viajou com Ítalo Calvino e Edgar Morin, escritores, e obteve a nota 9 em sua monografia. Fazendo diálogos entre os dois autores, Luciana observou valores propostos por Calvino que a literatura não poderia perder na modernidade. Essas propostas são leveza, rapidez, exatidão, visibilidade, multiplicidade e consistência — esta última, inacabada. Os dois escritores podem dialogar por terem ideias parecidas, como o pensamento reducionista e a crítica à modernidade.

Para as professoras da banca, Marília Maciel e Nara Marques, Calvino já teria sido o suficiente. Nos capítulos sobre Morin, Marília sentiu a fluidez pesar, um “buraco no meio do texto”, enquanto Nara não gostou da “bibliografia variada”, apesar de achar que isso ajudou Luciana. Para Nara, Luciana passou por Morin para ter mais fundamentação teórica, o que não era necessário.

“A literatura rompe com a obviedade. A rotina gruda na nossa cabeça e penetra na nossa alma”. Para Jacques Mick, o orientador, a “missa foi tão boa” que, após a arguição da banca, sentiu-se impelido a falar. Segundo o professor, as avaliadoras falaram da importância do não-dito, discussão do que faltou. “O silêncio narcotizante como oposição a um mundo cheio de palavras”, disse Jacques.

O objetivo de Luciana não era trazer sua pesquisa para o jornalismo, mas ficar na literatura. A estudante conheceu a obra de Calvino há três anos, e Morin, durante a monografia, apresentado por Jacques. A ideia da monografia surgiu da paixão pela literatura e dos conselhos dos professores nas fases iniciais de planejamento do trabalho, entre os quais, escolher um tema que se goste e se tenha aptidão.

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